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Ficha Técnica

Título original: Descubra o Líder Que Há em Si

Autor: Afonso Valente Batista

Design de capa: Ideias com Peso

Revisão: Lídia Freitas

ISBN: 9789722048644

LIVROS D’HOJE

Publicações Dom Quixote

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Este livro foi escrito segundo

o Novo Acordo Ortográfico de 1990

Ao Joaquim Valente que liderou sempre

a vida pelos caminhos da bondade.

À Madalena e ao João que me ensinaram a persistir.

NOTA DE ABERTURA

... todos os livros deveriam começar por «era uma vez» –, não sei se estou a ser original –, porque todos eles têm a ambição, muitas vezes escondida, de contar uma estória como no tempo em que éramos crianças.

Vá-se lá saber porquê?

«Era uma vez» é o sinal de que não perdemos a vontade e a alegria de contar aos outros o que com eles aprendemos, o encantamento de termos vivido o sortilégio das estrelas, das memórias, das saudades e dos tempos que o tempo já gastou, porque nos quisemos fazer homens rapidamente e, ainda por cima, importantes.

«Era uma vez», aquele que partiu à descoberta do líder que há em si...

Este é o ponto de partida para vos contar estórias sobre líderes e lideranças. Estórias de homens e mulheres comuns que, por razões de vida, se viram confrontados com um protagonismo especial, num qualquer contexto e num determinado momento que os levou a viver o fascínio de terem sido líderes.

Bons ou maus, competentes ou incompetentes, positivos ou negativos; não sabemos, nem isso é verdadeiramente importante. Eles tiveram o tempo da sua avaliação. Aqui, são significativos exemplos para ilustrar as nossas estórias que têm como objetivo contribuir para a descoberta do líder que há em si.

Ser líder é ter de andar por caminhos de difícil acesso, que têm de ser percorridos, simultaneamente, sozinho – com a solidão de se ser líder – e com os outros, o grupo – aqueles que se lideram, transportando na bagagem do tempo e na vivência das situações as diferenças e antagonismos de que são possuídos.

Vamos falar disso, tentando destacar o júbilo e o sortilégio das coisas boas de se ter conseguido ser líder e a amargura de não se ter conseguido ser, muitas vezes como resultado de uma qualquer ambição inconsequente, imaginação frustrada ou sonho, para além da dimensão.

Mas isso faz parte da descoberta que terá de fazer.

Tentámos fugir à tentação de uma abordagem essencialmente técnica e conceptual sobre um tema em que já tudo foi dito, de forma exaustiva, por tantos autores.

Por isso, moveu-nos a simples ambição de contar um conjunto de estórias, onde se encontrarão – é essa a nossa expectativa –, todos os conceitos teóricos de referência, mas mais do que isso, alguns cenários vivenciados por muitos que tiveram a amabilidade de nos dar a sua colaboração e os seus depoimentos que, constituirão, certamente, bons exemplos para refletir sobre o tema.

O próprio título do livro, Descubra o líder que há em si, é um estímulo e um desafio que só aceitámos fazendo-o desta forma:

Em que as pessoas fossem os protagonistas, porque quando se fala de líderes, liderados e liderança, fala-se exclusivamente de pessoas, pessoas como nós e como os outros.

Pessoas vulgares, vulneráveis e carentes mas, ao mesmo tempo, essenciais, altruístas e corajosas, no desempenho que lhes foi atribuído ou conquistado – serem líderes – neste jogo de equilíbrios que é viver nas empresas, nas instituições, nos organismos ou na sociedade que inventámos.

Pretendemos destacar pessoas que acreditaram ser possível e conseguiram vencer, quando, com muita procura, sofrimento e abnegação, encontraram o mundo desconhecido que as habitava e nele descobriram a força, a coragem, a determinação e a ambição de desenvolver vontades, capacidades, competências e saberes que estavam escondidos neste mundo que somos nós próprios.

Esses constituem exemplos de líderes e de liderança.

Falamos, também, de pessoas que acreditam nos outros com a honestidade de nunca os enganarem, de nunca os utilizarem como seres descartáveis, no trajeto dos seus oportunismos e vaidades. Pessoas, para quem os outros não são um meio, mas um fim. Um fim que contribua para o sucesso de todos.

E afirmamos, sem sofismas, que essa deve ser uma das «obsessões» de um líder.

Deixamos a certeza de que não cabem naquilo que entendemos como o estilo de liderança mais adequado aos nossos tempos, todos aqueles que vivem de iludir os outros, para alimentar os seus egoísmos pueris, as suas necessidades de afirmação, as suas fraquezas manipuladoras, e que visam a sua realização pessoal e profissional através do consumo dos outros como se de objetos se tratassem.

Esses, se forem líderes por qualquer engano cósmico do acaso, ficarão registados no nosso tempo e no nosso espaço como «algo» que aconteceu de errado, porque tendo o ser humano a missão de trilhar os caminhos da perfeição, há sempre acidentes de percurso.

Líder, liderança e crise, esta e as outras porque já passámos, são também tema da nossa conversa.

Não vivemos só a crise económica, a crise financeira, a crise das ideologias e a crise dos sistemas políticos, entre outras, mas, principalmente, a crise de valores e de caráter, crises que passaram a determinar a ambição do ser humano e que fizeram ruir os mitos das velhas lideranças como seres venais e oportunistas.

Nas crises, e nesta, em particular, que muitos consideram a crise de todas as crises, podemos estar a empurrar o ser humano para a tentação de ultrapassar os limites da decência em utilizar, manipular e consumir os outros seres humanos. Por isso destacamos a importância da integridade, da honestidade e do humanismo como características fundamentais da personalidade e do caráter dos líderes de hoje.

Daqueles de quem necessitamos para vencer as crises.

O muito sofrimento que anda por aí à solta e que mata silenciosamente, sem que se vislumbre uma solução que reponha a dignidade do homem em não ser o principal consumidor do outro homem, seja de que forma for – no plano material ou no plano dos afetos –, é a prova mais do que suficiente da falência das velhas lideranças e da necessidade de restaurar um sistema que recupere a credibilidade de não premiar só as competências técnicas mas que enalteça os valores, a hombridade e a seriedade.

Esse é o sinal do «tudo» que tem de ser feito para vencer esta ou qualquer outra crise. Restaurar a dignidade do ser humano e acabar com a sua não utilização como «coisa descartável» que se abandona quando consumido.

Ser líder, nestes tempos conturbados, marcados pela abundância de tanta coisa supérflua e encantatória e pela falta de tantas outras coisas, tão essenciais, como o caráter e a honestidade, é o desafio que lhe fazemos.

Por isso iniciamos...

«Era uma vez» alguém que aceitou o desafio de partir à descoberta do líder que há em si.

PARTE I
O LÍDER E AS PESSOAS

.1.
PARTINDO À DESCOBERTA

«Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.»

Fernando Pessoa, A Mensagem

A PROPOSTA

Descubra o líder que há em si é a proposta que lhe trazemos. Proposta difícil, complexa, inusitada, improvável.

Sabemos isso.

Num mundo em que muitos ambicionam viver certezas, possuir estabilidades várias, ter companhias virtuais com pavor da solidão, confiar a outros o que podemos fazer, não partilhar alegrias e emoções mas superficialidades, alijar responsabilidades para exercer a crítica permanente ou mascarar a participação com a ilusão da convivência, vimos fazer-lhe o convite de partir para o desconhecido, viver o fascínio da descoberta, descobrir e descobrir-se.

Ainda por cima, descobrir algo complexo: o líder. O líder que há em si.

Convenhamos que lhe propomos uma tarefa aliciante.

MODELO VIRTUOSO DE LIDERENÇA

Na descoberta que vai fazer, nunca se sentirá só, porque há que ter sempre a companhia dos elementos que fazem parte do Modelo Virtuoso de Liderança, que são, para além de si, o líder, o grupo, os contextos envolventes e os resultados.

No fim, há de concluir que todos os elementos estão em interação permanente. Um líder virtuoso é aquele que não se centra sobre si próprio e que interage com os outros.

O MODELO VIRTUOSO DE LIDERANÇA

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A TAREFA

Se consideramos que o líder é um tema recorrente da nossa atualidade, quer estejamos a falar de empresas, instituições, políticas, desporto ou muitas outras situações que geram paixões, polémicas, idolatrias, radicalismos, raramente consensos, estamos a dar-lhe um excelente desafio.

Nessas apaixonadas polémicas em que, inevitavelmente, o líder está presente, travestido de chefe, patrão, mestre, comandante, diretor, administrador, ministro, presidente de qualquer coisa, amigo, inimigo... em resumo, «pessoa que manda», referencial de poder, é quase sempre esquecido como pessoa com virtudes e defeitos, sonhos e pesadelos, vontades e frustrações por aqueles que discutem, contestam ou aceitam a «autoridade» do líder e que, tal como ele, são pessoas com virtudes, defeitos, sonhos e ansiedades.

Esta é uma realidade que importa ter presente; o líder é um ser humano como qualquer outro, com todas as virtudes e defeitos que comporta essa condição. A outra, uma realidade que consideramos evidente e óbvia: somos sempre liderados, até mesmo sendo líderes.

Para muitos esta é uma descoberta cruel. Herberto Hélder diz «... e de tudo os espelhos são a invenção mais impura».

Descobrir o líder que há em si, é então o desafio, a proposta, o que queremos que faça.

A primeira tarefa pode ser a de descobrir o espelho onde veja a sua própria verdade. Mesmo que seja impura.

Repare que lhe estamos a pedir que o trabalho seja seu, seja sua a descoberta. A frase não diz, vamos em conjunto descobrir o líder que há em si. O trabalho é solitário porque o universo da descoberta está em si, está centrado na pessoa que é.

Porque ser líder, como há de verificar, é uma vivência de solidão.

O espelho é seu e tem de descobrir nele a verdade pura. A sua verdade.

A DESCOBERTA

Deve descobrir-se a si, tendo por companhia um conjunto de referências que não são mais, muito mais do que isso; referências como saber, constatar, conhecer, avaliar, perceber, entender, comunicar, existir, para poder validar se há em si um líder em potência ou se, sendo um líder já em atividade, não esteja tão alinhado com o contexto envolvente e as suas manipuladas exigências ou com as vivências das pessoas que lidera ou, ainda, com os resultados que ambiciona.

Sobre o líder, vamos ter muito tempo para falar. É realmente uma realidade bem difícil de entender, interpretar ou enquadrar e sobre a qual se têm escrito biliões de palavras. E estas que está a ler não serão mais de que umas quantas com o valor e a importância que têm.

Palavras.

É nossa convicção – e por isso o convite – de que não há melhor processo de descobrir-se que não seja fazê-lo por si próprio, pesquisando em si e em tudo o que tem dentro de si, naquilo que já conhece ou naquilo que tem a sorte de ainda desconhecer.

Já agora, aproveite e pesquise junto dos outros que o rodeiam e que são uma boa fonte de análise e de aprendizagem sobre si próprio, sobre o que realmente é, como é visto, entendido, percecionado, e o que representa para eles. Esse confronto com a realidade, que é a opinião dos outros, pode resultar num processo extremamente amargo, mas vai ajudá-lo a desfazer-se de ilusões, de dúvidas e de falsas adulações, o que implica enfrentar duras realidades ou desilusões adiadas.

Ainda bem para si, para os outros e para a visão que tem sobre o ser humano.

Mas, voltemos à proposta inicial: descobrir.

Repare que não lhe pedimos para analisar, avaliar ou sequer refletir. Seria, provavelmente, mais fácil, porque se tratam de situações passivas. Pedimos-lhe para descobrir, o que implica ação, vontade, determinação, querer, sentido de aventura, coragem, risco, alegria e, certamente, sofrimento e tristeza.

Não esqueça; qualquer processo de descoberta traz sempre o desconforto de ter que ser feito connosco próprios, com os nossos referenciais, com as nossas certezas, o que pode provocar um incómodo confronto com as nossas expectativas e incertezas.

E se não descobrir?

E se descobrir?

Boas e justas interrogações.

A resposta a estas questões deverá motivar a vontade e a determinação de saber o que há em si e, como dissemos, saber se dentro de si está guardado, aconchegado, nalgum espaço ainda desconhecido, um líder ou um potencial líder que irá descobrir.

Esse é o estímulo da proposta, porque, tratando-se de descobrir o líder e ainda por cima o que há ou pode haver em si, trata-se de uma aventura aliciante, daquelas que parecem inverosímeis como se tivéssemos que conquistar o mundo.

A AVENTURA

Porquê a aventura?

Desde logo, porque se trata de descobrir o líder, matéria altamente complexa, porque estamos perante uma pessoa e as pessoas são um mundo de complexidades e contradições; e depois o líder que há ou pode haver em si, o que, como pessoa que é, sofrerá da mesma síndrome da complexidade e da riqueza desse mundo que são as contradições, incertezas, vulnerabilidades, mas também do jogo da vontade e da determinação de as ultrapassar que fazem parte do conflito interno de qualquer ser humano.

Por isso, a importância da descoberta e da aventura de conseguir essa descoberta.

Veja que não o convidamos a pesquisar. Isso remeteria para uma abordagem eminentemente técnica, analítica, utilizando ferramentas cognitivas. Quando lhe propomos que descubra, convidamo-lo a partir à aventura de uma descoberta, e a aventura é sempre estimulante, desafiante, implica percorrer caminhos desconhecidos, estabelecer um norte e um sul, avançar pelos oceanos dos desejos, sonhos e expetativas, ansiedades e crenças, ambições e emoções.

Principalmente emoções e o jogo de saber lidar com elas. E isso é enriquecedor porque aprofunda o conhecimento sobre si, sobre o domínio dessa ténue fronteira que delimita o mundo do racional e do emocional e, com isso, a descoberta da sua verdadeira e sincera autoestima. Neste processo de descoberta, não reprima e não condicione as suas emoções. Ao fazê-lo, matará a sua autenticidade. E a autenticidade é uma das características chave de um líder.

Descobrir emoções, potencialidades, habilidades, vontades e determinações como base para ser líder, em contextos de acrescidas dificuldades como são aqueles que se colocam atualmente, num mundo em profunda crise de identidade e de reafirmação de valores, é o que lhe estamos a propor.

O DESAFIO

Este é o seu desafio.

Diz-se que um líder só existe se conseguir viver a vida de um líder.

Mas o que é e como é a vida de um líder. Perguntará?

Liderar é uma vivência, um quotidiano de desafios, de alegrias, de tristezas, de dor, de insónias, de solidões várias, mas também de paz e satisfação, de reconhecimentos e solidariedades, de lutar para encontrar soluções, de obter vitórias e derrotas, de conseguir resultados...

Ser líder não é uma abstração, não é uma vaidade, não é olhar o espelho que nos devolve a imagem inventada de alguém que só manda, só quer exercer o poder. Ser líder é uma vontade, uma determinação, uma vivência, um trabalho com os outros, pelos outros, para os outros, para ser melhor, para os ajudar a serem melhores.

É poder viver o autorreconhecimento e o reconhecimento dos outros.

Jack Welch disse: «A minha mãe foi a minha melhor professora de liderança. Ensinou-me o amor incondicional e, simultaneamente, a estabelecer elevados objetivos a atingir. Essa mistura de beijos e pontapés suscitou o melhor que há em mim.»

É muito importante que descubra em si se há o fermento e a água, a tinta e o pincel, a árvore o fruto, o mar e o peixe, a vontade e a força, a determinação e a coragem, a alegria e a tristeza, a multidão e a solidão, os outros e nós próprios, a lucidez e a emoção para, com convicção, fazer as coisas que realmente têm de ser feitas e, assim, poder ser reconhecido como um líder

O RECONHECIMENTO

Dissemos de propósito: reconhecido como um líder.

Pode descobrir o líder que há em si, num mitigado processo em que corre o risco de se fascinar com determinadas características da sua personalidade e, a partir daí, se julgar apto para o exercício da liderança. Mas esse não é o melhor processo de descoberta e ela não pode ficar só por aí.

Esse é o ponto de partida.

Essa é a sua descoberta. Falo do compromisso com a ação, com o fazer, com o atingir metas e resultados e, consequentemente, com a avaliação e o reconhecimento que, inevitavelmente, os outros farão de si e do seu trabalho.

Um líder só o é de facto, e só atinge esse estatuto, quando reconhecido. Essa é uma verdade insofismável. E o reconhecimento é o segredo dos outros, é o poder dos outros. Avaliar e reconhecer o líder é, historicamente, o papel dos outros, de quem o apoiou, aplaudiu e abandonou e, muitas vezes, o derrotou. Nessa matéria, tão dolorosamente ambígua e potencialmente injusta, nada pode fazer a não ser desempenhar com integridade e honestidade a sua função.

Tudo o resto o ultrapassa.

Daí, a importância de descobrir se há, verdadeiramente, um líder ou um potencial líder em si. É o que destacamos no título do livro e que gostaríamos que concluísse quando acabar de o ler.

O desafio implica, então, descobrir se há em si um ativo, uma riqueza, um património, uma cultura, uma determinação, uma honesta vontade de, com e através dos outros, conseguir realizações, objetivos, resultados ambiciosos que gerem valor e acrescentem felicidade.

E que daí resulte o reconhecimento, o seu reconhecimento enquanto líder.

Só se é líder, de facto, quando se é reconhecido como tal, e essa é uma realidade que cabe exclusivamente aos outros, por muito que isso lhe doa.

É assim a vida. Temos de saber partilhar o centro do mundo com os outros. Em liderança, as pessoas são o meio e a finalidade. O meio, porque é com elas que conseguimos atingir os resultados, e a finalidade porque os resultados atingidos são, em qualquer dos casos, postos sempre ao serviço das pessoas.

Se isso acontecer, pode olhar-se ao espelho e ele devolver-lhe-á a sua imagem tal qual é, e dar-lhe-á o orgulho de ter vivido a aventura da descoberta do líder que há em si.

O Abafador

«Dizem que quando era miúdo o único jogo que lhe interessava no recreio, depois das aulas, era o berlinde. Tinha o abafador mais importante de todos quantos se conheciam. Parece que se chamava “olho-de-boi”. Constava que tinha sido uma oferta do pai.

Com o tal “olho-de-boi” abafava os berlindes dos outros miúdos. Assim ganhava sempre todos os jogos.

Mais tarde veio a ser banqueiro.»

 

*

O QUE DEVE RECORDAR

· A vida é um desafio.

· Viver os desafios é a nossa tarefa.

· Essa tarefa implica saber ultrapassar obstáculos e dificuldades.

· Conhecermo-nos e conhecer os outros é uma boa ajuda.

· O desafio implica espírito de aventura.

· Temos de saber viver o incómodo da aventura.

· Encontraremos sempre a paixão pelas coisas e, por vezes, a dura desilusão de as conhecer.

· O reconhecimento pode ser uma pura utopia. Respeite-o como uma realidade que é.

· Não viva obcecado pelo reconhecimento. O preço a pagar pode ser bem caro.

· Reconhecer a integridade do seu trabalho pode ser o ponto do seu equilíbrio.

· A honestidade é a medida de todas as coisas.

· Há pessoas honestas. Deve guardá-las no espaço do seu carinho.

· O poder de só mandar é o nada mais profundo.

· O poder de só obedecer é o nada mais insignificante.

· O poder de liderar é a satisfação de atingir o seu ponto de equilíbrio e o dos outros.