Jamais alguém tão grande se fez tão pequeno
para nos ensinar as lições de vida mais importantes.
Ficha Técnica
Título: O Mestre do Amor
Autor: Augusto Cury
Revisão: Maria Cruz
Capa: Ideias com Peso
Imagem da capa: Corbis/VMI
ISBN: 9789722049504
Livros d’Hoje
Publicações Dom Quixote
uma editora do Grupo Leya
Rua Cidade de Córdova, n.º 2
2610-038 Alfragide – Portugal
Tel. (+351) 21 427 22 00
Fax. (+351) 21 427 22 01
© Augusto Cury, 2012
© Publicações Dom Quixote, 2012
Todos os direitos reservados de acordo com a legislação em vigor
www.livrosdhoje.leya.com
www.leya.pt
Este livro foi escrito segundo o Novo Acordo Ortográfico de 1990.
Jamais alguém tão grande se fez tão pequeno
para nos ensinar as lições de vida mais importantes.
PREFÁCIO
Nunca um homem foi capaz de abalar tanto os alicerces mais sólidos das ciências e das instituições humanas como Jesus Cristo. Os seus discursos chocam os conceitos fundamentais da medicina, da psiquiatria, da física e da sociologia.
O pai da medicina, Hipócrates, viveu séculos antes de Cristo. A medicina é uma ciência fantástica que sempre usufruiu dos conhecimentos de outras ciências com o objetivo de produzir técnicas para aliviar a dor e retardar o fenómeno da morte. A medicina pode fazer muito por quem está vivo, mas nada para quem está definitivamente morto. Jesus perturbou os pressupostos da medicina ao discorrer sobre a superação do caos da morte e a janela da eternidade.
O mesmo também se pode dizer em relação à psiquiatria. A psiquiatria é uma ciência poética. Ela trata da alma, que é bela e real, mas intangível e invisível. Ela tem como objetivo corrigir as rotas do mundo das ideias e a aridez da personalidade humana.
Nenhuma espécie é tão complexa quanto a nossa e nenhuma sofre tanto como ela. Milhões de jovens e adultos são vítimas de depressão, ansiedade e stresse. A tecnologia do lazer nunca foi tão grande e as pessoas nunca estiveram tão tristes e com tanta dificuldade em navegar nas águas da emoção.
Os medicamentos antidepressivos e os tranquilizantes são excelentes armas terapêuticas, mas não têm capacidade de conduzir o ser humano a gerir os seus pensamentos e emoções. A psiquiatria trata dos seres doentes, mas não sabe como torná-los felizes, seguros, sábios, serenos.
Jesus Cristo falou sobre algo com que a psiquiatria sonha mas não alcança. Convidou as pessoas a beberem da sua felicidade, tranquilidade e sabedoria. Quem tem coragem de fazer esse convite aos íntimos? As pessoas mais tranquilas perdem o controlo nos momentos de maior tensão.
As palavras e gestos de Jesus Cristo são capazes de chocar também a sociologia. No auge da fama, ele curvou-se diante de simples galileus e lavou os seus pés, invertendo os papeis sociais: o maior deve ser aquele que serve e honra os menores. Os seus gestos foram registados nas matrizes da memória dos seus incultos discípulos, levando-os a aprender lições que reis, políticos e poderosos não aprenderam.
Jesus Cristo ainda fez gestos que abalam os alicerces da física, da química e das ciências políticas. A educação também não passou incólume por esse grande mestre. A sua psicopedagogia não é apenas atual mas revolucionária. Ele transformou pessoas ignorantes, ansiosas e intolerantes na mais fina estirpe de pensadores.
Quem é esse homem que foi desconsiderado pela ciência mas abalou os seus alicerces?
Neste livro, estudaremos as suas últimas horas de vida. Ele está a morrer pregado numa cruz. Era de se esperar que dessa vez ele não brilhasse na sua inteligência, que gritasse desesperadamente, fosse consumido pelo medo, derrotado pela ansiedade e reagisse por instinto, como qualquer miserável às portas da morte. Mas, ferido, Jesus Cristo foi ainda mais surpreendente. Os seus comportamentos voltaram a abalar a psicologia.
O homem-Jesus fez poesia no caos. Será que consegue fazer poesia quando a dor constrange a sua alma? Às vezes, nem quando estamos a atravessar terrenos tranquilos temos ideias poéticas.
A crucificação de Jesus Cristo talvez seja o evento mais conhecido da população mundial. Mas é o menos compreendido, apesar de ser o mais importante da história. Bilhões de pessoas sabem como ele morreu, mas não têm ideia dos fenómenos complexos que estavam presentes no palco da cruz e, principalmente, atrás da cortina do cenário. Estudar os seus últimos momentos abrirá as janelas da nossa mente para não apenas compreendermos melhor o mais misterioso dos homens, mas também quem somos. Afinal, qual de nós pode explicar a vida que pulsa no nosso ser?
Embora este livro seja um estudo de filosofia e psicologia, o leitor encontrará, também, referências a trechos do Antigo e do Novo Testamento, com indicação do autor, do capítulo e versículo em que se encontram. Sugiro que, independentemente da sua crença, tenha uma Bíblia ao alcance da mão. A leitura destes textos, no quadro mais amplo em que se apresentam, promoverá um conhecimento maior dessa figura única e fascinante que, com as suas palavras, gestos e atitudes, revolucionou o mundo e o espírito humano.
Augusto Cury